Tem dias que a dor aparece, que o sol se esconde, o ar pesa, e a mente enlouquece. Alguns destes dias podemos não entender o porquê, e é isso que nos mata de verdade. A sensação de impotência, de não ser no mundo, de vulnerabilidade, de ódio, renegação. Quando se perde o amor, a alegria, quando esquecemos de como fazer um determinado músculo facial funcionar, de como nos contentávamos com pequenos atos, simples risadas entre amigos, estes que não estão mais presentes. Talvez eu tenha esquecido como é ter um amigo para conversar sobre tudo, para rir por nada, para abraçar sem motivos aparentes. Não! eu não esqueci, só perdi a prática, pois sabemos que tudo em desuso nos é esquecido, ou apenas nos parece esquecido. Sempre quis ser uma garota forte, de personalidade, com independência, daquelas que são "mais macho que muito homem", mas no fundo nunca fui e nem serei, sou fraca, realmente fraca, como se cada palavra que é dita me atingisse de um jeito tão doloroso, que fica incomodando por toda uma vida. Simples palavras e atitudes. E elas vão acumulando, vão esgotando tudo de bom que restou da infância, trazendo consigo rancor, desesperança, incredulidade. Hoje digo com toda certeza que não me amo como tempos atrás, e quem foram os responsáveis? Todos, de fato, eu mesma tenho tido uma parcela enorme nessa somatória. Mas ainda tenho esperança de que uma dia as coisas voltem aos seus devidos lugares. Na verdade eu ainda não sei se isso é exagero ou não. De repente tudo o que estou dizendo seja a mais simples besteira que já escrevi, mas não me importo. Eu sinto e escrevo, é isso, ponto final, embora seja apenas o começo da história.
26/02/2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário