Faz alguns anos que o tempo complicou, que as pessoas não tem saudades do tempo em que faziam o que realmente gostam, tantos milênios que o sentido da vida se perdeu, na mente de alguém, na solidão de um pensamento, ou talvez nunca fora encontrado. Tudo está perdido, e afogado de "verdades" que todos tentam nos impor, alguns até mesmo dão exemplos de como ser e fazer, mas não sabem de nada. Talvez soubessem antes do mundo os governar como marionetes. Nos governar, porque também sou um deles, todos somos enfim, apesar de tudo, somos tão poucos, e cada dia tempos menos tempo para voltar a ser quem sonhávamos ser. E se de uma hora para outra eu voltar a sonhar como criança, não seria maluco, fora do comum, mente insana, perturbada, sem futuro, que seja. Mas que seja algo. Não deixe ser aprisionado na imensidão, seja livre na prisão. Antes assim do que acreditar na falsa ilusão. Eu digo tantas besteiras que até me calo, me calo demais, para muitas pessoas. Melhor assim. Quero ter a liberdade de me calar, de não ouvir, de não ser, quando todos são tantas coisas ao mesmo tempo. Querer não ser alguém propositalmente é a rebeldia que não podemos ter. O que nos cerca, também nos sufoca, quando a felicidade foge do nosso alcance. Quem dera tê-la em algum recipiente em alguma vitrine, meu dinheiro valeria a pena então. Mas se já a tivesse quando olhasse para o céu azul em um domingo ao lado do meu amor, não queria nem um tostão, nem meu, nem seu, nem de ninguém. Não precisaria. O amor já me basta. A herança vem da alma, talvez de outras vidas. De concreto quero só um sorriso. Faz tempo que o tempo anda tão curto, mas não quero perder nem um segundo, sem amor, sem calor, sem clamor, sem poesia.
21/01/2013
Faz tanto tempo que não há tempo
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