Por diversos (e dolorosos) motivos, hoje eu preferi o silêncio. Aquietei a alma e os pensamentos, esqueci as opiniões, deixei de dar sugestões. Pedidos não serão feitos. Ideias nunca mais serão expostas. A partir de hoje sou papel em branco, e nem tenho mais linhas para serem escritas. Hoje fiquei saturada e apaguei. Apaguei da mente e do coração, tudo o que poderia existir em mim. Exauri a imensidão que antes existia. Acabou-se a inspiração para a arte, e acabou-se o ânimo. Não há mais espaço para ser feliz, nem triste. É a completa neutralidade. Não é nem mesmo o gelo, pois ele reflete a luz, sou nada, e a brancura é tudo o que resta. Não haverão mais noites de insônia, não haverá mais gratidão. Não existem mais carícias, aconchegos, nem amor. Só há o vazio, não há mais caminhos, a estrada acaba em uma ponte que caiu.
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